quarta-feira, 18 de maio de 2011

Moradores de Salvador criam movimento sobre mobilidade urbana



Grupo é formado por líderes comunitários de bairros periféricos de Salvador. Movimento tem como objetivo discutir mobilidade urbana para além de 2014.

Após encontro promovido pela União das Associações de Moradores e Entidades Representativas das Cajazeiras e Adjacências, realizado nesta segunda-feira (16), líderes comunitários dos bairros de Mussurunga, Bairro da Paz, São Cristovão, Subúrbio e Península Itapagipana, todos localizados na capital do estado, resolveram criar o Movimento dos Bairros pela Mobilidade Urbana (MBM).

O movimento tem como objetivo discutir propostas sobre mobilidade urbana para bairros periféricos da cidade, após Copa de 2014. A proposta é buscar informações sobre o assunto junto aos setores envolvidos na avaliação e desenvolvimento dos projetos para a mobilidade urbana na capital baiana, sobretudo aqueles que serão incluídos no PAC da Copa e PAC da Mobilidade.

“Existe R$ 560 milhões destinados para construção de um corredor na Paralela, que deverá estar pronto antes da Copa e mais R$ 2 bilhões para obras de melhorias de trânsito e transporte”, lembrou Evanir Borges de Araújo, integrante do MBM. “Porém, as comunidades periféricas não conseguiram entender, ainda, como serão beneficiadas. Queremos participar, opinar e defender melhorias para os bairros”, afirma Borges, uma das lideranças de Cajazeiras.

O grupo segue uma agenda de encontros, deixando programado novos debates. Nesta quarta-feira (18) eles farão uma manifestação na Praça Municipal, em frente à Câmara de Vereadores, para coletar assinaturas para um abaixo-assinado.

Na sexta-feira (20), às 20 horas, no Esporte Clube de Periperi eles realizam um novo encontro para debater os projetos de mobilidade para o Subúrbio e Península Itapagipana de Salvador.

Já na segunda-feira (23) eles irão ocupar a Tribuna Popular, na sessão ordinária da Câmara Municipal, às 15 horas. Outros eventos serão agendados com a intenção de abranger todas as áreas da cidade.

Todos os integrantes do MBM afirmam que não aceitarão a implantação de projetos de sonhos, que nunca se tornam realidade. “Tenho um panfleto bonito, distribuído há 12 anos, durante campanha para prefeito, em Mussurunga, onde está escrito que em 2003 a cidade teria metrô funcionando, e os trilhos chegariam até o final da Paralela”, ironizou Reginaldo Ribeiro da Silva, outro integrante do movimento. O metrô de Salvador ainda não foi inaugurado.
Fonte: G1

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